terça-feira, janeiro 10, 2006

Alunos por todo o país são unânimes em dizer «Eles andem ai!»

Sendo este um blog dedicado à crítica e à crónica, ao apedrejamento público e ao mal-dizer, não ficaria de todo bem faltar aqui um misto dos trâmites referidos atrás que tente destruir de uma vez por todas com os Exames.(Também vou ter que parar de escrever frases com uma linguagem tão cuidada)
Quando falo de Exames, sei do que falo, não me refiro aqueles que nos dizem os componentes da urina, refiro-me sim a todos aqueles que se atravessam, quais cavaleiros do Apocalipse, na vida de um estudante.
Muita gente não sabe, porque certas coisas não passam cá para fora, mas aquelas folhas que nos põem à frente são migratórias, mas ao contrário das andorinhas que vêm na Primavera e bazam no Outono, os exames têm um carácter muito parasitivo e vamos fazer de conta que esta palavra existe, porque precisam de alunos para sobreviverem e a prova disso é que vêm em Janeiro, fazem o seu ninho normalmente e partem em Fevereiro para só regressar em meados de Junho para destruir o resto dos crânios mais incautos e voltarem a desaparecer um mês mais tarde, o que no fim resulta em cabeças a fumegar por parte dos indivíduos atacados e barrigas cheias por parte daquelas folhinhas irritantes que chegam com uma penugem branca mas levam sempre para o calor de África uma cor azul ou preta dependendo da cor da caneta com que são alimentadas.
Como todas as pragas é sempre nossa intenção acabar com elas, exemplos disso são a peste negra e aquelas roulotes que vendem cd's e que debitam prai 30000W prós ouvidos do dasgraçado transeunte, que por acaso passe nas redondezas, mas, e eu sei disto porque tenho gente lá dentro, a carne de Exame é muito utilizada na gastronomia chinesa, e até aposto que quem estiver a ler isto estará a pensar «Bem, Gabriel, estas lixado, ja começaste a divagar para coisas sem sentido nenhum e já não sabes como dar piada a isto» o que ate pode ser verdade, mas o que é certo é que a carne de Exame é muito usada para se fazerem ementas que posteriormente servem para o cliente esfolhear e escolher o que vai jantar, dai que não dê jeito nenhum acabarem com os Exames porque isso obrigaria os chineses a optar pelo papel.
A relação que mantemos com os Exames é um pouco complexa de caracterizar, mas eu arriscaria aqui a citar esse grande canastrão do cinema mundial, Steven Seagull, que um dia atira com qualquer coisa como isto «A guerra é má, mas estar à espera de uma é muito pior», o que se substituirmos a palavra "Guerra" por "Exame" acaba por descrever de uma maneira superior tudo aquilo que sempre nos veio à cabeça mas nunca conseguimos dizer, porque aquelas duas horas de frente-a-frente passam com uma rapidez quiça superior ao tempo que demora uma relação sexual entre um casal de virgens, enquanto toda a preparação para o dito confronto demora dias e dias de um suplício agonizante e desculpem a injustiça que estou a aqui a fazer mas não consigo encontrar palavras que dêm uma maior noção de tal sofrimento.
Usando aqui um pouco de humor cliché, vou passar a enumerar todas as coisas boas que os Exames nos dão...já está, e para quem só agora pela primeira vez teve contacto com este recurso humorístico eu faço esta pergunta «Em que planeta/reality show da tvi esteve metido até agora?» ou então «Aquela gargalhada que soltou naquela parte do "casal de virgens" era sincera ou voçê é um depravado que se ri com tudo o que cheire a sexo?».
Entrando agora numa outra esfera, eu gosto daquela malta que têm medo dos Exames, porque fazem de propósito para não ter frequência, gandas malucos, outros ainda andam a caça do Exame, que são aqueles que têm frequência só para depois poderem dar uns tiros, só que também falham de propósito para poderem voltar a caçar no ano seguinte, mas isso é parvo por duas razões, 1º não se pode andar aos tiros a um exame porque ainda se arranjava problemas com a polícia e 2º, se essa fosse mesmo uma obsseção, bastava esperar até Junho, altura em que bastava esconder-se atrás de um arbusto e imitar o grito do aluno a pedir ajuda.

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